Matemática

Para ensinar usando o material didático de matemática

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「WAKARU」ga ichiban — O importante é ENTENDER

Todos os alunos querem “entender”

“Entender” é o melhor remédio

  “Não entendo” o que o professor diz. Como não entendo, “a aula fica sem graça”. Como está sem graça, eu “ando pela sala” e então me fazem de bobo. Se me fazem de bobo, eu “brigo” e me isolo. Para quebrar este círculo vicioso, antes de mais nada, precisamos fazer o aluno entender as aulas.
  Entendendo, os estudos ficam interessantes. Se ficam interessantes, aprendem. Quanto mais aprendem, mais entendem e assim conseguem participar das aulas com todos os outros alunos. Para que possam participar das aulas, o remédio mais eficaz é o “entender”.

O que fazer para “entender”?

  Podemos dividir os métodos de apoio ao estudo em 3 tipos de orientações:

  • (1) Orientação centrada na língua japonesa
  • (2) Orientação centrada no conteúdo
  • (3) Orientação com prioridade do conteúdo seguida do ensino da língua japonesa

  (1) Um exemplo representativo do uso da orientação centrada na língua japonesa está em “Nihongo wo Manaboo ”2・3, publicação do Ministério da Educação.
É um método que faz o aluno entender a língua japonesa para depois poder compreender o conteúdo da matéria.
  É adequado para os alunos que compreendendo a língua japonesa tornam-se capazes de estudar as matérias sozinhos, independendo de já terem ou não estudado aquela matéria.
  (2) A orientação centrada no conteúdo, dá maior importância à compreensão do conteúdo da matéria, utilizando-se de qualquer meio para alcançar esse objetivo. Este material didático, basicamente, também se utiliza dessa orientação. O “JSL karikyuramu”(Programa de apoio escolar aos alunos cuja língua materna não é a língua japonesa) do Ministério da Educação, também foi elaborado sob essa orientação. Entretanto, se focalizamos demasiadamente o conteúdo, o aprendizado da língua japonesa fica deficiente. Mesmo que o aluno entenda o conteúdo, na etapa seguinte, quando tiver que explicá-lo na língua japonesa, não estará preparado para fazê-lo.
  Aqui, neste material, pedimos que se aplique a orientação (3), que dá prioridade ao conteúdo numa primeira instância e em seguida enfoca a língua japonesa. Primeiramente, utilizar todos os meios disponíveis para fazer o aluno compreender o conteúdo da matéria e depois, ensinar as expressões mais importantes e os kanjis (ideogramas chineses). Desta forma, o aluno poderá se dedicar primeiro a entender o conteúdo sem outras preocupações. Tendo entendido a matéria, o aluno sente-se segura, e isso facilita o ensino e o aprendizado da língua japonesa.

O que quer dizer “usar todos os meios possíveis”?

  Foi dito,“usar todos os meios possíveis” para a compreensão do conteúdo, mas afinal, o que se deve fazer? Para ensinar(ou apoiar o ensino) o conteúdo da matéria aos alunos que não entendem a língua japonesa, existem 5 medidas básicas a seguir:

  • (1) Selecionar o conteúdo da matéria
  • (2) Explicar usando palavras que o aluno conhece
  • (3) Apelar para o uso de material visual
  • (4) Dividir a apresentação do conteúdo em pequenas etapas
  • (5) Auxiliar a memorização

(1) Quando se está com o tempo limitado, não dá querer ensinar “tudo”. É preciso selecionar o conteúdo que se quer ensinar.

(2) Para explicar a matéria, procure usar palavras japonesas que o aluno conhece, usadas na conversação do seu cotidiano. Quando não tiver tempo, pode-se também usar a língua materna do aluno.

(3) Tente cobrir a falta de informações verbais com informações visuais e táteis, utilizando-se ao movimento de vários materiais e ilustrações.

(4) Se ensinar a matéria da forma que ela se apresenta no livro escolar, o volume a ser digerido será grande demais. Deve-se dividi-la em pequenas porções, como se fosse colocá-las num prato para o aluno comer. Divida uma pequena unidade em porções ainda menores. Divida os textos em japonês em frases, ensinando frase por frase.

(5) Não se deve esquecer de ajudar o aluno a memorizar. Especialmente quando não é possível usar somente palavras conhecidas por este aluno, tendo que introduzir novas palavras. Nesse caso, ele terá que aprender novas palavras. Mas, aprender uma palavra estrangeira, não se faz ouvindo-a uma ou duas vezes, não é tão fácil assim. É preciso aproveitar vários meios tais como repetir esta palavra várias vezes para que o aluno possa ouvi-la, deixar escrito no quadro, apontá-la quando fala.

Não se deve esquecer do “ensino da língua japonesa”

  Professor e aluno se sentem aliviados quando o conteúdo da matéria foi entendido. Assim, parece que terminou a tarefa. Mas, só a compreensão da matéria não é suficiente para participar da aula ou tirar uma boa nota na prova. Para o aluno, fazer prova, principalmente, é um problema muito sério e complicado. Para conseguir tirar boas notas nas provas, é imprescindível o conhecimento da língua japonesa e a memorização da matéria.
  Vamos tentar ensinar no final da aula, as expressões e kanjis (ideogramas chineses) necessários para a compreensão da unidade. Para que o aluno aprenda as palavras e expressões usadas, pode-se também elaborar frases com rítmo, fazendo-a ler repetidas vezes. Existe ainda o recurso das paródias, onde se troca a letra de uma música pelas frases que se quer memorizar.

 
Para as pessoas que vão usar este material didático
  1. Material didático voltado para o professor
      É o professor quem dá vida ao material didático. Foram incluídos vários exemplos didáticos de orientações de modo a possibilitar o uso do material por um grande número de pessoas.
  2. Tenha uma compreensão geral sobre a situação do aluno.
      Existem alunos nas mais variadas situações e a única pessoa que pode compreendê-los melhor é o professor por estar junto a eles.
  3. O mais importante é “entender”
      Para o aluno, o importante é entender. Se entende, os estudos ficam interessantes. Se acha interessante, aprende. Quanto mais aprende mais entende e com isso, adquire condições de participar da aula com todos os colegas. Não há melhor remédio para participar da aula que o “entender”.
  4. Trabalhe o material didático para adequá-lo às suas condições de trabalho
      É muito difícil fazer um material didático que sirva para qualquer e todo aluno, porque existem alunos provenientes das mais diversas situações, como diferentes línguas e culturas, origem, tempo de educação, etc. Desta forma, pode acontecer do material não ser exatamente adequado para a criança que está à sua frente. Por isso, o professor deve, levando em consideração as situações específicas do aluno, trabalhar o material de forma a adequá-lo à cada situação. Use este material didático como base ou o trampolim para desenvolver o seu trabalho.
 
Perguntas freqüentes sobre este material didático

Q1  O que deve ser prioritário no ensino: o conteúdo do livro didático ou a língua japonesa?

A1  Quando o aluno se sentir sobrecarregado com o ensino simultâneo da língua japonesa e do conteúdo do livro didático, dê prioridade ao ensino do conteúdo.

  Este material didático :

(1) É adequado para o aluno que não entende suficientemente a língua japonesa, porque utiliza-se de meios tais como os desenhos, para fazê-lo compreender o conteúdo da matéria, com seu nível de proficiência na língua.

(2) Foi elaborado assumindo-se que depois de ter feito a criança compreender o conteúdo, será dada uma orientação individual da língua japonesa, tentando-se aproximar do nível da linguagem usada no livro escolar.

Q2  Para que série é este material didático?

A2  Não importa a série, este material está voltado para o aluno que não entende o conteúdo da matéria independente da série e da idade.

  Este material foi elaborado pensando no aluno que não entendea matéria e para que tenha êxito, deve ser adaptado à capacidade intelectual deste aluno. Por isso, este material serve não somente aos alunos da série em que o conteúdo é dado como também deverá servir para alunos de séries mais avançadas, desde que essa criança ainda não tenha estudado esse assunto ou não tenha compreensão suficiente do assunto.
  Para os alunos de séries avançadas que ainda não estudaram certas matérias, existem os volumes em nossa coleção catalogados pelo conteúdo tais como “Adição- Subtração” e “Multiplicação”. Pode-se estudar áreas onde o aprendizado está deficiente transpondo as divisões de cada série.

Q3  Para usar este material didático, qual o nível de conhecimento de língua japonesa é necessário ao aluno?

A3  É necessário pelo menos uma capacidade em conversar em japonês básico.

  É preciso que saiba unir palavras para conversar.

Q4  Qual é o nível de conhecimento dos kanjis (ideogramas chineses) necessário ao aluno para usar este material didático?

A4  Não é necessário o conhecimento dos kanjis.

  Como as diferenças individuais quanto ao conhecimento dos kanjis são enormes, neste material usam-se basicamente as letras “hiragana”. Depois que o aluno entender o conteúdo, aconselha-se a reescrever as frases usando os kanjis num nível um pouco acima do dele, fazendo-o ler essas frases.
  Em vez de exigir que o aluno entenda de uma vez só o conteúdo, as frases e os kanjis, será melhor atribuir uma ou duas tarefas de cada vez.

Q5  Mas isso difere do modo de ensinar do livro escolar.

A5  Isso ocorre porque este material didático foi elaborado para fazer o aluno entender primeiro o conteúdo da matéria.

  Procurou-se, na medida do possível, não se afastar do conteúdo do livro escolar, mas quando se observou que seria difícil para o aluno entender através da explicação do livro escolar, foi necessário afastar-se do mesmo. Quando ficar claro para o professor onde o aluno está tendo dificuldades, use este material iniciando o conteúdo a partir de um nível de conhecimento que anteceda a esta dificuldade. Se o aluno entender, os estudos ficarão interessantes. Quando fica interessante, ele aprende. Quanto mais aprende, mais entende e assim consegue participar da aula com os colegas. Depois que o aluno compreender o conteúdo usando este material, retorne ao livro escolar para que o aluno acostume-se a estudar neste livro.

Q6  Parece que são dedicadas muitas páginas à maneira de calcular.

A6  Quando se fala no aluno que não entende a língua japonesa, pensa-se logo na dificuldade de compreensão das questões em forma de problemas. Na verdade, as situações descritas nos problemas de aritmética da escola primária não diferem muito das situações do cotidiano, por isso, se ensinar-lhe o significado das palavras, ele será capaz de entender as situações. Entretanto, o raciocínio usado ao elevar ou emprestar não acontece no cotidiano, é próprio do mundo da aritmética quando fazemos operações no papel, uma situação totalmente abstrata. Se considera fácil ensinar a calcular, poderá deixar passar despercebidas certas dificuldades.

Q7  Se usarmos este material, com quanto tempo o aluno será capaz de acompanhar as aulas de sua classe normal na escola?

A7  Não é possível generalizar, pois isso depende de cada aluno.

  As condições dos alunos são muito diversas, por isso o tempo necessário para que cada aluno “entenda” vai variar de acordo com o tempo de ensino e de aprendizado escolar. Varia de acordo com o tempo de ensino e o aprendizado escolar do aluno. Além disso, não será somente esse único volume que tornará tudo possível. Esse material é uma parte da ponte que liga às aulas normais. A última parte da ponte, quer dizer, o material igualzinho ao livro didático, faça-o você mesmo, professor, e entregue-o ao seu aluno.

Q8  É necessário ter uma experiência específica para usar este material didático?

A8  Trabalhou-se este material para que um grande número de pessoas possa usá-lo, independentemente de ter ou não experiência.

  Este material didático foi elaborado para professores. Poderá ser usado pelo:

(1) Professor responsável pela classe de apoio à criança cuja língua materna não é a língua japonesa (kokusai gakkyu) ; professor auxiliar

(2) Professor responsável pela classe normal que o aluno frequenta

(3) Voluntário

  Este material didático foi elaborado para que possa ser usado tanto por pessoas com rica experiência de ensino como também pelas pessoas sem experiência ou pouco experiência. Para cada seção apresenta-se os “Pontos e Dicas de Orientação”, onde se encontram orientações para poder melhor utilizar este material.

 

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